Clean beauty, cosméticos seguros, eficazes e sustentáveis
O clean beauty, ou beleza limpa, é um conceito que vem ganhando muitos adeptos, porque expressa uma necessidade dos consumidores por produtos mais seguros, com ingredientes “limpos” que visem a saúde das pessoas e que não causem impacto ambiental. Os produtos formulados com esse conceito são também mais sofisticados e inovadores, apresentam texturas agradáveis e alta eficácia (SAFE SYNTHETICS & CLEAN BEAUTY, 2020).
Embora não haja uma definição oficial para o conceito clean beauty, algumas premissas são comuns entre as marcas que seguem ele, por exemplo, a escolha de ingredientes “amigáveis” (friendly). Os produtos são livres de ingredientes considerados “vilões”, não utilizam matérias-primas (MPs) desnecessárias, suas formulações são otimizadas com MPs multifuncionais, não permitem testes em animais e prezam pela comprovação de segurança e pela sustentabilidade.
Há o consenso que ftalatos, parabenos, sulfatos e formaldeído são ingredientes considerados vilões para as marcas que trabalham dentro do conceito de beleza limpa. A escolha de conservantes para os produtos clean beauty também segue critérios de segurança e alta performance (PALEFSKY, 2020). Outros ingredientes – tais como derivados de petróleo, hidroxitolueno butilado (BHT), butil hidroxianisol (BHA), microplásticos como o polietileno glicol (PEG) – também não são permitidos na grande maioria das marcas clean.
Não é por moda, capricho ou algo do gênero que os consumidores estão atentos à presença de alguns ingredientes nos rótulos dos cosméticos. Estudos in vitro e in vivo mostram que ingredientes como ftalatos, parabenos, produtos químicos perfluorados (PFCs), sais de alumínio, bisphenol A, entre outros, que podem estar presentes em cosméticos, são considerados disruptores endócrinos, ou seja, são substâncias capazes de mudar a função normal do sistema endócrino e podem prejudicar severamente a saúde, ocasionando problemas de desenvolvimento, deficiências reprodutivas e infertilidade, cânceres em homens e mulheres, distúrbios neurológicos e também efeitos no sistema imunológico. Os parabenos, por exemplo, foram encontrados intactos em tumores de mama humanos, e sua capacidade de aumentar a proliferação de células de câncer de mama humano foi confirmada in vitro. Ingredientes como PFCs foram detectados em humanos em amostras de leite materno e também em amostras de sangue do cordão umbilical; já o triclosan foi evidenciado em amostras de plasma humano e leite materno. Tendo em vista que a pele é o maior órgão do corpo humano, ela é a principal via de exposição aos referidos ingredientes pelo uso de cosméticos. Além disso, a exposição aos disruptores endócrinos pode ocorrer também por meio da inalação, como no caso de sprays para cabelo e fragrâncias que podem conter ftalatos, e por ingestão, como acontece com os batons (NICOLOPOULOU-STAMATI; HENS; SASCO, 2016).
O consumidor, cada vez mais ciente dos problemas aos quais está exposto, vem buscando transparência na sua relação com as marcas e com os produtos que utiliza. Está preocupado com o impacto que os ingredientes provocam na saúde, na terra, nos oceanos e nas comunidades. O conceito de beleza limpa não é restrito a ingredientes de origem natural, pois permite o uso de ingredientes sintéticos seguros, que são matérias-primas produzidas com tecnologias limpas, de forma sustentável, e que podem combinar a natureza e a tecnologia para obter produtos inovadores e eficientes (SAFE SYNTHETICS & CLEAN BEAUTY, 2020).
Os Pigmentos Faciais Lazú são formulações clean beauty. A marca é cruelty free, minimalista e utiliza somente ingredientes com segurança comprovada e embalagens de materiais recicláveis.
O ativo nanotecnológico presente na marca atende a todos os requisitos do conceito de beleza limpa, uma vez que possui diâmetro médio de partícula acima de 200 nm, um tamanho seguro para aplicação tópica, e é proveniente de tecnologia limpa. A escolha dos ingredientes é criteriosa e coerente com o propósito da empresa, utilizando apenas o suficiente para obter um produto eficaz, seguro e com sensorial sofisticado para atender às diferentes texturas que a marca oferece.
Referências
SAFE SYNTHETICS & CLEAN BEAUTY: Is it time for a common sense approach to ingredients? Global Cosmetic Industry, [s. l.], v. 188, n. 2, feb. 2020.
PALEFSKY, I. Formulando a “Beleza Limpa”. Cosmetics & Toiletries Brasil, São Paulo, v. 32, jul.-ago. 2020.
NICOLOPOULOU-STAMATI, P.; HENS, L.; SASCO, A. J. Cosmetics as endocrine disruptors: are they a health risk? Rev Endocr Metab Disord, New York, p. 373-383, 29 jan. 2016.
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